segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Campo Maior - Boas e más administrações...3


Entendo que documentalmente me faltam elementos para fazer uma avaliação menos impressionista do que a que faço aqui, da administração desses meus queridos amigos, entre outras coisas porque ao longo desse período aconteceu uma das mais calamitosas gestões de documentos públicos da história desta cidade. Sei que alguns prefeitos ou presidentes da Câmara Municipal simplesmente mandaram encher caminhões caçambas com documentos públicos e jogá-los no lixo. Sabe-se nome, endereço, dia, mês e hora (como costuma me dizer essa enciclopédia viva da cidade e meu mestre de todo dia, Augusto Pereira) em que esses cidadãos cometeram esses crimes e que a cidade impunemente deles é cúmplice porque talvez nem saiba que isso aconteceu a luz do dia e foi até aplaudido por quem devia ter denunciado esse delito contra a história...   
  
Enfim, gente, para não ter que me alongar por mais tempo do que devia, a história vai nos cobrar por tudo o que fizemos ou deixamos de fazer... Estudar história não só pra passar de ano ou ter uma profissão que nos sustente o viver, é compromisso político que dele não podemos fugir, sob pena de cumplicidade com quem não só se apropria do bem público para fins pessoais, mas priva as gerações vindouras de conhecer e contribuir com a construção do futuro e do presente que nos acossam em todos os momentos dessa vida e da vida dos que virão depois de nós...
O assunto prefeitos que vieram antes é um tema e tanto para a gente aprofundar, porque nesse momento que considero de suma importância porque marca o advento de uma nova geração de jovens que chegam finalmente ao poder depois de virem perseguindo-o há pelo menos vinte anos, é muito bom que saibamos quem veio antes, como veio e porque veio, para que possamos avaliar corretamente os que agora chegam ao poder com promessas de mudanças e transformações que esperamos de alma e coração aberto, aconteçam de verdade...

Um comentário:

  1. Olá Zan,

    Parabéns pelo novo blog. No seu artigo “Campo Maior – Boas e más administrações...” você faz um breve resgate daquelas administrações municipais. Gostaria de comentar apenas a partir do nobre Professor Raimundinho Andrade, pois apesar de ainda pivete naquela época, sei que ele teve uma boa aceitação, era respeitado e não me lembro de ter ouvido nenhum comentário desfavorável à sua idoneidade. Pavimentou diversas ruas, entre outras benfeitorias e urbanizou a mais famosa de nossas praças: a Bona Primo. Os prefeitos Jaime da Paz, Dácio Bona, José Olímpio da Paz (na realidade não governou) e Mamede Lima, além de benfeitorias básicas, construíram o novo mercado público, a rodoviária, a avenida que corta o açude (com agradável estrutura para restaurante), a nova sede da prefeitura municipal e outras obras de menor visibilidade. Percebe-se claramente que nesse período as administrações eram avaliadas pelo concreto. Prefeito bom era aquele que construísse algo que tivesse visibilidade. E assim nossa cidade, do ponto de vista do desenvolvimento, foi estagnando lentamente. A partir da nova geração, supostamente de bom intelecto e de boas intenções, a começar pelo Dr. Cezar Melo, que gerou grande expectativa na população, começa a decadência de Campo Maior. Ele frustrou a todos com a sua gestão medíocre. O seu sucessor, Carbureto (Raimundo Bona), foi provavelmente o mais devastador redemoinho – já que não temos ciclone – que passou pelo gabinete da Prefeitura de Campo Maior. Nas suas passagens pela Prefeitura deixou um estrago tão grande que ele não conseguiu se reeleger depois do seu último e desastroso mandato. O jovem Dr. Marcos Bona, desmanchava, dizem, o que não fazia no dia anterior. Outro doutor, mais precisamente Antônio Lustosa, certamente nem lembra que esteve por lá, pois sua passagem pelo gabinete foi uma dormência só. Como os seus antecessores da nova geração - doutores e intelectuais - também não deixou saudades. O Dr. Contador João Félix, com a experiência de dois mandatos em Jatobá, sucedeu o destemperado Carbureto. Reacendeu a esperança da população e governou por mais de um mandato. Para o prefeito Joãozinho foi fácil conquistar a simpatia da população porque a referência anterior era a de um destruidor. Qualquer obra que fizesse o povo dizia: “o homi tá trabalhando!”. De fato fez algumas melhorias de ordem física como a reforma e ampliação do mercado, construção do mercado dos criadores, reforma da Praça da Bandeira e construção da Praça Walter Fortes (essa homenagem foi uma agressão ao bom senso e desrespeito aos campomaiorenses históricos). Mas a contrapartida foi uma extensa lista de parentes na folha de pagamento municipal. Ah! Teve muita gastança com festas para iludir a população. Mas política de desenvolvimento para o município nada! Mas acredito que, dos doutores, foi o menos pior. Agora estamos com nova administração e espero que o Dr. Paulo Martins reúna todas as lideranças – empresarias e políticas - de Campo Maior para construir um verdadeiro projeto de desenvolvimento para o município, priorizando a geração de emprego e renda para os nossos jovens e adultos desempregados, pois só o trabalho produtivo dignifica o cidadão.

    Consciente de que há pensamentos diferentes, esta é a minha modesta opinião que levo, através do seu blog, aos conterrâneos da Terra dos Carnaubais.

    Abraço,

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